segunda-feira, 25 de julho de 2016

CRob - Aula de Estudo do Meio: Visita à Comunidade de Barra do Vento

Na semana passada visitamos a comunidade de Barra do Vento, um povoado da zona rural de Serrinha que está localizada a 396 metros em relação ao nível do mar, ponto mais alto da cidade. Com essa atividade demos conclusão ao nosso projeto sobre a zona rural de nossa cidade, compreendendo melhor as necessidades quanto aos sistema de irrigação e a presença ou não da robótica nesses espaços, com a visita conversamos sobre associativismo e ainda visitamos a casa de uma agricultora cadastrada no PNAE, Programa Nacional de Alimentação Escolar, onde batemos um papo sobre os tipos de cultivos da região, sistema de irrigação e cisternas.


Gostei muito da visita, a vista lá é incrível.
Juci, Professor Gedeão, Motorista e alunos durante o bate-papo
Quando nós chagamos nós entramos para o prédio da associação, minutos depois Juci chegou, Juci é a presidente da associação. Nos conhecemos, no caso todos se apresentaram e Juci falou um pouco sobre a história da associação.
A primeira pessoa a ter acesso a algum tipo de associação foi Dona Jandira, mãe de Juci a primeira presidente da associação lá. A primeira cisterna que chegou em Barra do Vento a de dona Jandira. Alguns anos depois foi que a associação começou aos poucos a conquistar mais cisternas.
Barra do Vento é uma comunidade simples, sem água encanada, a água que eles tem lá vem das chuva. Eles reservam em cisternas que foi ganhado pelo governo.

Plantação de milho e feijão na casa de Dona Jandira. Ao fundo
cisterna de consumo.
Fomos dar um volta para conhecer o lugar, fomos na casa de Dona Jandira lá encontramos pés de várias coisas acerola, maracujá, etc. Também encontramos várias hortas, lá conheci um sistema de irrigação muito legal, eles construíram tipo um murinho com mais ou menos dois blocos de altura para segurar a terra ou adubo, eles colocaram um cano perfurado por baixo depois jogaram terra. Eles despejam a água pelo cano e a água desce, saí pelos buracos do cano se espalha pela terra aí se caso a terra encharcar a água vai sair pra fora.
Lá também tinha uma cisterna meio diferente. A água que escorria pelo chão desce para um tanque que lá fazia um processo que as sujeiras pesadas vai para o fundo e as leves ficam flutuando , aí vai para outra cisterna, a de produção, que serve para lavar, banho e molhar as coisas. Uma coisa que achei muito interessante é que as águas para molhar a plantação não pode ser da EMBASA, (Empresa Baiana de Águas e Saneamento), tinha que ser natural não conter cloro.
A associação na comunidade de Barra do Vento já existe há seis anos e tem 32 associados tem como presidente a Juci e como vice o seu cunhado.
Juci ( de branco) e a irmã (de rosa) explicam sobre a
 horta e o sistema de irrigação aos alunos do centro.
Eu perguntei para Juci: "Quais as melhorias que associação trouxe para a comunidade?", ela me respondeu que: "Muito, pois foi através da associação que conseguimos as cisternas, a capela e muito mais."
Antigamente era muito complicado achar água, os moradores saiam de madrugada para uma minação para esperar minar um balde de água era horas para esperar um balde encher em pingos de água e hoje quase todos tem cisternas alguns ainda aguardam.
Elas também fazem artesanatos o mais tradicional era a esteira feita de palha, através da associação chegaram alguns cursos de artesanato para os moradores.
"Quais animais vocês costumam criar aqui?"
O bode, a cabra, pois eles se adaptam mais ao ambiente, pois é no alto e é muito frio não dava para criar boi antigamente, era muito gasto, igual a galinha, eles não costumavam criar, só quando alguma mulher paria pois só podia comer frango.
Elas também vendiam algumas coisas na feira para ter dinheiro para comprar alimentos.
A associação ajudou também no transportes escolar e para cidade.
Na minha opinião eu acho que se lá tivesse o uso mais da tecnologia e da robótica eles iam fazer coisas incríveis.

Gildeane Rosa,
Segunda - Manhã


A esquerda: Artesanato produzido por moradores da região
A direita: Torres de telefonia, rádio e televisão que se
localizam na comunidade.  
Hoje nós formos para a comunidade de Barra do Vento, e lá nós conversamos com a líder comunitária, que falou um pouco sobre o povoado.
Em sua fala ela abordou a importância que tem uma associação, pois quando não tinha uma sede e o número do CNPJ, era muito difícil a vida deles porque não tinha energia, cisternas etc.
Ela também falou que lá para cá a vida deles tem mudado pois as pessoas passaram a ter acesso a cursos profissionalizantes, e todos conseguiram melhorar a vida. A partir desses cursos eles passaram a fazer artesanatos para ter uma renda além da lavoura que ajudou muito.
Vimos também as torres que transmite os sinais das emissoras de televisão, além do mais lá tem uma ótima vista da paisagem.
Portanto, a associação de moradores de uma comunidade tem uma força muito enorme e a partir dela que vem os projetos para melhorar a vida do povo.  

Tailson Costa 
Quarta-Manhã

Na comunidade de Barra do Vento logo na chegada fomos recebidos pela presidente da associação Juci ela falou sobre a comunidade e sobre a vida antes e depois da associação.Antes eles não tinham energia chegou lá em volta de 10 a 14 anos atras, não tinha cisternas eles antigamente pegava água nos tanques de chão ou nas minações que descobriram ao passar do tempo, eles conseguiu a primeira cisterna de 16 mil litros através da comunidade vizinha pois lá (na comunidade de Barra do Vento) não tinha associação.
Tiveram a ideia de construir uma associação. Com essa associação as pessoas da comunidade Barra do Vento conseguiu mais cisternas de 16 mil litros para o consumo humano e uma de 52 mil litros para molhar a horta, lavar roupa e tomar banho. O plantio lá é do mesmo jeito das comunidades que eu já vi eles plantão milho, feijão, batata, tem recursos de escola e saúde, tinha uma prédio de escola, mas não funcionava à anos.Vimos a horta, eles tem um sistema de irrigação, mas não é automatizado, eles usam uma lona para cobrir o fundo da leira, um cano furado para molhar a terra eles usam também para fazer adubo restos de fezes de animais,cascas de alimentos e outras coisas.
Falamos da toca do cachimbo por uma curiosidade, pois vimos um morcego na associação.
A associação conseguiu fazer uma igreja católica, eles ajudaram no transporte e nos primeiros socorros se alguém se acidentar, eles promoveram cursos de artesanatos para a famílias trabalharem nos artesanatos.
Alunos com professores e a presidente em frente a sede da associação de moradores de Barra do Vento.
Foi muito bom conhecer a comunidade Barra do Vento, pois lá é uma comunidade diferente das outras que eu conheço e de ter conhecido o meio de vida deles. Na minha opinião foi legal conhecer, ir na comunidade para a gente dar valor a tudo o que nós conseguimos na nossa comunidade e na nossa cidade.

Niele Souza,
Quarta-Manhã



Estrada para a sede da associação de Barra do Vento
[...] Juci, ela falou a história do lugar onde ela mora, nós também podíamos fazer muitas perguntas, eu acho importante ela responder nossas perguntas, ela falou das dificuldades do lugar onde ela vive no passado, também das mudanças que ocorreram na Barra do Vento a partir dos governos de Lula e Dilma. [...]¹
Antigamente era muito difícil conseguir as coisas lá, a água era pegada na minação (Pequena nascente de água)  de madrugada por que de dia não tinha água por causa do sol, para eles não ficarem no escuro a noite eles usavam vela, por que naquela época não tinha energia, quem tinha condições naquela época tinha lampiões, lá se alguém ficasse doente tinha que vim de Barra do Vento até Serrinha deitado numa cama improvisada com dois pedaços de madeira com cordas trançadas no meio e um pano por cima, não tem escola lá então não tinha que ir a pé para outro lugar se matricular, mas hoje tudo melhorou depois dos presidentes (Lula e Dilma), mas agora tem transporte para vir para Serrinha fazer feira e pra levar pra escola, hoje eles não precisam buscar água na minação por que a tecnologia chegou e o pessoal de lá construíram cisternas[...]².

Trechos dos textos de
Letícia Jesus¹ e Cauan Santana²,
Quarta-Tarde

A esquerda: vista da serra
A direita: Joilson, ex-membro da comunidade que também
foi parte da luta pelos direitos da associação e que nos
recebeu também durante a visita. 
Pra mim foi bem legal visitar a comunidade foi legal a gente visitou a associação eles conseguiram muitas coisas tipo a energia, transporte escolar, cisterna, das coisas que eu mais gostei de saber foi que todos lutaram para conseguir o que eles tem hoje.[...]¹
Roça Barra do Vento fomos ônibus caminho vista boa árvores muitas animais ver [...] Gostei comunidade unida coisas consegue, serra bonita.²





Trechos dos textos de 
Michele Pinto¹ e Vinicius Marques² (Aluno Surdo),
Quinta-Manhã


Juci e Alunas durante conversa
[...] Foi muito interessante a nossa visita por que aprendi coisas novas e tive noção do quanto as coisas são difíceis para conseguir, pra você ver eles passaram anos para conseguir tudo o que tem hoje e que ainda não acabou, não sabia o que era uma associação de verdade que através disso é que eles conseguiram meios para a comunidade, e aprendi muito com tudo que a presidente da associação falou da vida difícil que levavam e até hoje, mas com muitas melhorias ali feitas. Dá pra ver que Juci sente um orgulho enorme por tudo que ela conseguiu com a ajuda dos sócios também, não esquecendo de falar que foram eles mesmos que construíram sua própria sede com dinheiro deles mesmos se juntaram e conseguiram, como diz o ditado "A união faz a força!".

Trecho do texto de 
Ana Clara Anjos,
Quinta-Tarde 

**Todas as imagens são de autoria dos alunos** 


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